VÍDEOS: fábrica clandestina de cigarros é fechada, e 17 são presos em São Sepé

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Polícia Civil (Divulgação)
Máquinas estavam em plenas condições de funcionamento

Um galpão utilizado por uma fábrica clandestina de cigarros às margens da BR-392, em São Sepé, foi desarticulada pelas autoridades policiais. Em operação que contou com delegacias e uma Promotoria de Porto Alegre, pelo menos 17 pessoas foram presas em flagrante, sendo seis brasileiros e 11 paraguaios. Conforme a Polícia Civil, a fábrica produzia aproximadamente 200 caixas de cigarro clandestino diário - uma média de faturamento de R$ 500 mil por dia. Eram cerca de 100 mil maços produzidos de maneira ilegal diariamente. 

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O local falsificava marcas de cigarros do Paraguai para posterior revenda para várias regiões do país e até mesmo para o Uruguai. A maioria dos trabalhadores da fábrica eram paraguaios, muitas vezes sem registro de entrada no país. Contudo, as investigações, que seguiram por quatro meses, apontaram que a fábrica era comandada por uma organização criminosa formada por suspeitos que residem fora do Rio Grande do Sul e que gerenciam o esquema remotamente.

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Agora, as autoridades trabalham com a possível responsabilização dos envolvidos pelos crimes de  organização criminosa, de produção e venda de mercadoria em desacordo com as prescrições legais, e de indução do consumidor a erro, entre outros. No local da fábrica clandestina, máquinas, insumos e produtos já manufaturados foram apreendidos, em número ainda não contabilizado. 

PROCESSO COMPLETO
O Ministério Público (MP), por meio da Promotoria Especializada de Defesa do Consumidor, apura também a participação de empresas revendedoras de tabaco - que já tem antecedentes por estelionato - no esquema. 

Durante o cumprimento dos mandados, a equipe do Instituto Geral de Perícias (IGP) constatou que os equipamentos da fábrica estavam em pleno funcionamento, e eram responsáveis por toda a cadeia de produção dos cigarros, desde a fase inicial até o acondicionamento nas embalagens, em maços e pacotes.Depois, os cigarros produzido em São Sepé seriam comercializados em todo o Brasil e também serviam para abastecer outros países, como o Uruguai.

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Conforme a Polícia Civil, as fábricas clandestinas de cigarros costumam ser instaladas em área rural, onde há facilidade de acesso a matérias primas, especialmente o tabaco, cultivado no Rio Grande do Sul. Como a fiscalização do contrabando de cigarros vindos do Paraguai teria sido intensificada, as organizações criminosas encontraram nas empresas clandestinas uma maneira de distribuir cigarros ilegais em território nacional. Sem os custos do contrabando vindo de outro país, conforme a Polícia, os lucros da atividade ilícita podem ser ainda maiores. 

PREVENÇÃO 
Ainda segundo a Polícia,  por conta da pandemia de coronavírus os agentes que atuaram na operação utilizaram máscaras de proteção e produtos antissépticos. Os mandados de busca e apreensão foram realizados neste período porque, conforme a investigação, a unidade estava a beira de ser desativada para abertura em outra cidade.

Além do MP, Polícia Civil e IGP,  a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Pelo MP, os trabalhos são conduzidos pelo promotor de Justiça da Especializada de Defesa do Consumidor, Alcindo Luz Bastos da Silva Filho e, pela Policia, atuam os delegados Joel Wagner, titular de Delegacia de Polícia de Proteção ao Consumidor (Decon), e Sandro Meinerz, titular da 3ª Delegacia Regional de Santa Maria.